Provocação simplista: Ruína capitalista

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Provavelmente você já deve ter ouvido falar em algum momento na famosa frase clichê que permeia posts por aí: “E fora do Instagram, tá tudo bem?”

Sintetizando, essa frase foi criada para questionar a realidade por trás dos belos posts e filtros que as redes sociais auxiliam na vulnerável tarefa de “trazer beleza” naquilo que não está bem. Muitas vezes, nossos posts sorrindo, com belos filtros e alegres escondem uma realidade amarga, às vezes triste e solitária. Pego esse exemplo para exemplificar o sistema Capitalista que nos rodeia. Uma síntese clara e direta para explicar o por o Capitalismo ser um problema, é pensar que tudo o que é criado, desenvolvido e finalizado é pensado no lucro que aquilo vai ter, não considerando a pessoa humana, e sim o capital, a grana, o que aquilo gera de retorno e lucro. Smartphones e Notebooks são desenvolvidos para venda em massa, muitas vezes com tecnologia já ultrapassada, apenas com uma câmera a mais, e um design (segundo o marketing capitalista) moderno e atual, criando a sensação de desejo e fetiche em consumir o novo, aquilo que é ilustrado na TV, Feeds e fotos dos amigos nos vários Stories por aí, afinal também somos parte desse marketing em efeito dominó. Porém, o que é gasto em termos de recursos naturais, para fabricar os inúmeros modelos A B C D que enche as prateleiras por aí? Quem produz, o quanto custa na real e o que o planeta está perdendo em troca das novas e capacitivas baterias de Lítio? A grande maioria provavelmente acha besteira essas questões, mas se o ser humano fosse o núcleo de progresso da humanidade, não pensaríamos no que vende mais, e sim no impacto ambiental, e uso final de uma mercadoria que poderia ser de fato mais avançada, mais durável e por que não, até mais subjetiva?

Criar um Smartphone com câmeras de 64 Megapixels com valor 10 paus, vender por 100, lucrar 90 e pagar 30% do valor total de lucro de venda geral para aqueles que ajudaram a produzir esse material, e que provavelmente vai comprar e pagar os 100 por ele, quando poderíamos ter câmeras de 250 Megapixels pelo preço de 40 e com uma vida útil muito maior do que a de hoje?

Frase clichê número dois: “Bem, não posso mudar o mundo e já que estou trabalhando e sendo infeliz na maior do tempo, vou consumir e tá tudo bem, é sobre isso”

Sera que tá tudo bem para as minorias que sofrem com fome, miséria e exclusão social e que só podem sonhar com o tal “poder de compra” que a classe consumista possui? Só valorizamos a dor, quando ela nos atinge. Quando atinge ao próximo, a maioria faz cara de pena, alguns tiram foto e a maioria não se importa, afinal, tem uma nova notificação chegando. Quem sabe uma nova compra para aliviar o desafeto? =)

#Acadêmico