Charlie
Você parece perdido quando olha pela janela, Charlie. Eu sei, existe sangue no peito de quem proclama amor, arte e crítica, e estacas nas mãos de quem veste o manto de uma liberdade que, na verdade mascara um pensamento raso, homogêneo, maldoso e burro. Mas o teu peito que bate às vezes acelerado, transborda empatia. Se concentre no sorriso que figura em teu rosto. Existem bombas explodindo por todos os lados, um enredo estranho e confuso. Mas que para cada árvore assassinada e morta no jardim da inocência, se transforme em um motivo para honrar as que ainda vivem. E se a estrada de ouro prometida na terapia comportamental está coberta de cinzas, talvez seja perspetiva, seja a ilusão de uma mente inconsciente provocada, na verdade, pelo vulcão em erupção que não está ao norte ou aos lados, está dentro de sua mente oportunista e às vezes perversa, provocadas pela chama do ódio da janela do mundo. Mas isso não quer dizer que a erupção seja eterna, e sim necessária para que depois da tragédia, aquele pico seja o plano de fundo eleito como o mais belo retrato de um dia que o amanhã lhe trará.
Eu sou você Charlie, e você é todo mundo.