Anti-herói

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É difícil expressar sentimentos de forma honesta. Sempre passamos pela rota do “o que eles acharão” e acabamos moldando nossos hábitos pelo medo do julgamento alheio. Falo por mim pelo menos, ou pela minha perspectiva de sociedade da selfie. Mas essa crítica não é sobre os outros, é sobre mim. Não sou exemplo, não sou herói e os demônios que não se calam, deixam claro isso todos os dias na minha vulnerável mente perturbada.

É difícil viver aos olhos de uma quase utópica geração, que cancela e não ensina, que consome e não raciocina, que machuca e não cura. O julgamento através de um moralismo em nome de uma liberdade que nunca existiu, quase que similar ao cristianismo, apontando espetos para os que não vestem o manto do correto, do exemplar, da “normatividade”. É apocalíptico. Talvez essa fúria seja a defesa da minha mente em tentar naturalizar questões complexas, e digo isso estipulando o limite do outro, onde jamais agiria machucando ou me atrevendo a invadir a liberdade do próximo, esse texto não é sobre maldades insanas. É sobre a inquietude de uma vida que não aconteceu, de uma mente que anseia por um tempo que não existe.

Talvez me falte compreensão, paciência (?)

Ou talvez eu seja o louco daquele em que só os loucos sabem…

#Pessoal