Ansiedade e Sísifo

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“Todo carma prejudicial, alguma vez cometido por mim, desde tempos imemoriáveis devido a minha ganância, a minha raiva e a minha ignorância nascidas de meu corpo, boca e mente, agora de tudo eu me arrependo”.

Por meio deste ensinamento e reflexão budista, alimento a alma com pureza, remediando a interminável ansiedade que me abraça. São dias difíceis, guerras internas que perpetuam corpo e mente, que deixam marcas e expõe toda minha fragilidade, muitas vezes expressados de forma arrogante. E isso é uma merd4.

Como um velho senhor no canto de um bar francês, observando o homem e seu copo de álcool, abraçados ambos no quarto da angústia, assim personifico esse sentimento. Isso soa dramático e triste, mas também vira aprendizado. De tempos em tempos, cairemos em desgraça de níveis diferentes, complexos desafios da vida. Estou lendo sobre o Mito de Sísifo, que metaforizando diz que somos seres que carregamos diariamente gigantes pedras nos ombros, numa subida ao topo da montanha, diariamente, repetidamente para no final do dia, assistirmos ela rolar ladeira abaixo, e no dia seguinte, repetir a ação. Sábio não é aquele que abandona sua rocha, mas que compreende a dor e o exercício? Errado não é aquele que rebela sua indignação, mas que se conforta com o hábito?

Conviver com a ansiedade é um desafio que jamais compreenderei. A certeza de hoje, é que morrerei com ela, mas não por ela.

Continua…

#Pessoal